Os principais vilões dos relacionamentos

Todas nós queremos viver um grande amor. Mas muitos dos nossos relacionamentos passam por turbulências e até acabam sendo destruídos por causa de vilões emocionais que podem ser evitados. Conheça-os e fique atenta!

Na primeira parte deste estudo sobre os vilões dos relacionamentos, vamos apresentar os cinco primeiros deles. Confira os sentimentos e comportamentos que nos impedem de viver o melhor em nossas relações.

Carência

A carência nos incomoda desde a etapa de “seleção do parceiro”. Quando nos deixamos levar pela carência, temos a percepção equivocada de que estamos sozinhas e precisamos de alguém. Isso faz com que a gente se precipite na hora da escolha e aumente as chances de erro. A carência cega, faz com que aceitemos menos do que merecemos e toleremos mais do que os nossos limites. Além disso, uma vez estabelecida a relação, a carência nos impede de nos posicionarmos por conta do receio de ficarmos novamente sós. Ame-se o suficiente e faça escolhas congruentes com seus princípios!

Perda da individualidade

Uma das piores formas de estar em um relacionamento é deixar de respeitar nossas vontades, desejos e opiniões para agradar o outro. Esse comportamento que, no início da relação é visto como benéfico, começa com pequenas e inocentes concessões, mas pode tomar proporções enormes.  E as consequências dessa atitude de anular-se só trazem prejuízos, pois acostumamos o outro a ser o guia da relação e perdemos o rumo. Sim, ceder faz parte de todo relacionamento saudável, mas nunca passe por cima do que realmente importa para você!

Ciúme

Ciúme é quando tememos perder o outro, quando não suportamos a ideia de que nosso parceiro possa se interessar por outra pessoa além de nós. E o ciúme também cega, pois é uma preocupação com o futuro que nos afasta do momento presente e faz com o que o medo prevaleça. O ideal é viver no presente, curtindo cada momento ao lado de quem amamos e emanando gratidão por isso, não com medo do que possa vir a acontecer num futuro cruel. Sentir ciúme indica que o verdadeiro amor ainda não aconteceu, pois onde há medo não há espaço para o amor. E amar implica confiança total.

Orgulho

O orgulho é um dos maiores inimigos da evolução dos relacionamentos. Ele não nos permite a entrega total, nos priva nos revelarmos sem máscaras. O orgulho faz com que a gente esconda do outro (e muitas vezes até de nós mesmas) partes nossas – que, por piores que sejam, devem ser mostradas e integradas para que o relacionamento possa ser íntimo e verdadeiro. Quando eliminamos a barreira do orgulho, inevitavelmente damos espaço para que o outro faça o mesmo. Assim podemos enxergar a verdade do outro, com as sombras, vulnerabilidades e limitações que fazem parte de todos nós. E esse é o caminho para a profundidade e a intimidade.

Inveja

Quando um relacionamento é realmente baseado no amor, ambas as partes se alegram com as conquistas e os sucessos do outro. Mas basta que um dos dois caia na cilada da comparação e da competição que a inveja fatalmente aparece. Quando somos invejosas, deixamos de participar do sucesso e da felicidade do outro, pelo contrário, podemos até nos sentir incomodadas e ameaçadas. E que tipo de parceria se instala? Se há inveja, definitivamente não há amor. Portanto, se esse é o seu caso, repense seu relacionamento e cuide de suas inseguranças.   

Aguarde, no nosso próximo texto falaremos sobre outros cinco vilões dos relacionamentos e dar uma dica preciosa para que você aprenda a detectá-los. Acompanhe aqui no blog!

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Medo: o maior impedimento para o amor

Quem ama verdadeiramente, primeiro tem que amar a si mesmo para depois amar ao outro. E nesse caminho, precisamos de doses extras de coragem para enfrentar o medo – que é o exato oposto do amor.

É verdade que o medo, sob a ótica social, é o mediador de nossas ações. Sem ele, não teríamos medida e nem segurança. É o medo que preserva a nossa vida nas situações de risco e de perigo. E, de certa forma, ele também acaba preservando nossas emoções. Acontece que nos relacionamentos, não há nada pior do que o medo, pois ele é o maior impedimento para que grandes encontros aconteçam e grandes amores floresçam. 

Sim, às vezes conhecemos pessoas e nos apaixonamos. Mas o medo nos impede de seguir e de nos aprofundarmos na relação. Porque para que haja um relacionamento real, é preciso entrega, e entregar-se requer coragem. Coragem não é quando não sentimos medo, mas quando o enfrentamos. Se o medo nos freia e paralisa, perdemos a capacidade de acreditar em nós mesmas, de enxergar que existem, sim, pessoas capazes de nos respeitar pelo que somos. Perdemos também a espontaneidade e a força de seguir abertas, aceitando o que a vida nos traz.

Por outro lado, se mesmo sentindo medo, nos impulsionamos ao novo, nos jogamos de cabeça em nossos sentimentos e nos permitimos amar, poderemos viver experiências incríveis. Ninguém está livre de errar e nem de se machucar. Mas se o medo nos impede de errar e nos machucar, ele também nos priva de aprender e crescer.  Errando aprendemos muito sobre quem somos e nos machucando, aprendemos sobre nossas medidas pessoais de afeto, limites e entrega.

Como ultrapassar a barreira

Provavelmente jamais estaremos isentas do medo. No entanto, já que coragem não é ausência de medo, e, sim, seguir apesar dele, precisamos vencer essa barreira para atingir nossos objetivos. E o primeiro grande passo para isso é se conhecer, compreender os próprios limites e descobrir os valores essenciais e imprescindíveis para si para que uma relação seja satisfatória.

Quando conhecemos a nós mesmas, entendemos melhor os nossos sentimentos e sabemos com mais clareza o que desejamos do outro, fica mais fácil abrir os braços para receber uma nova relação. O medo é inerente ao ser humano, mas podemos seguir nos relacionando apesar dele... Abraçando nossas fraquezas e nossas fortalezas, acertando e errando, aprendendo e nos machucando, e aceitando que tudo que vem é para nos ensinar. Só assim seremos capazes de amar e sermos amadas verdadeiramente.

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Gaslighting – o que é e como detectar?

“Você está louca”. Você já ouviu essa frase de alguém com quem se relaciona? Pois saiba que esse tipo de comportamento pode virar um abuso dos maiores, o chamado Gaslighting. Saiba detectar.

O que se chama de Gaslighting é um tipo de abuso psicológico. É quando ao falarmos ou notarmos algo, o outro diz que é coisa da nossa cabeça, da nossa imaginação. E, por mais que possamos confiar em nossos sentidos, raciocínios e intuição, ouvir essa resposta de quem amamos inevitavelmente gera confusão, dúvidas e insegurança.

Parece coisa boba, mas “você está louca” ou “é coisa da sua cabeça” são frases que muitas mulheres escutam no dia a dia. Ou como resultado de demonstração de ciúmes, ou por enfatizarem algum tipo de desconfiança, ou por começarem a mostrar que não estão mais satisfeitas com a relação.

Para algumas pessoas, distorcer a realidade, inventar situações ou simplesmente mentir ou omitir com o intuito de fazer com que o outro perca o autocontrole ou duvide de sua memória ou julgamento é algo comum. Tão comum que se tornou um comportamento denominado de abuso psicológico e ao qual devemos estar muito atentas.

Normalmente, o Gaslighting não se instala no relacionamento da noite para o dia – já falamos de como acontecem as relações abusivas aqui (http://bit.ly/2D5pHf4) – o abusador vai atuando aos poucos, com um comentário aqui, outro ali, até que quando menos percebemos, vira rotina. Portanto, muitas vezes, a situação já está muito adiantada quando é detectada. E, nesse ponto, nos tornamos dependentes do relacionamento e do abusador, porque perdemos a capacidade de confiar em nós mesmas.

O que não pode?

Quando estamos fragilizadas, é extremamente difícil colocar limites nos relacionamentos. O que não pode é estar tão fora do seu próprio eu a ponto de se sentir à mercê do outro ou de uma relação. Autoconhecimento é a chave: entenda seus sentimentos, suas necessidades, aprenda a se valorizar – assim, as chances de que um relacionamento se torne abusivo diminuem consideravelmente. Até chegar a zero.

Mesmo que seja algo da sua cabeça, mesmo que você esteja exagerando, mesmo que você esteja se deixando levar por emoções passadas, você tem voz e precisa ser ouvida. Sua opinião deve ser legitimada e sempre respeitada. Não deixe que ultrapassem seus limites, você é preciosa e toda pessoa que se aproximar de você deve ser também. Lembrar disso pode ser o estímulo para o começo de uma nova jornada.

Por que Gaslighting?

O nome desse tipo de ação abusiva veio de um filme chamado Gaslight, de 1944, no qual Ingrid Bergman vive uma mulher cujo marido tenta convencê-la – e também a todos que convivem com ela – de que ela está louca, para que ela não descubra que ele está procurando um tesouro. E como ele faz isso? Manipulando objetos e elementos dos ambientes e depois, quando ela se dá conta, dizendo que ela está errada. Imagine isso sendo feito constantemente! O termo Gaslighting é usado desde a década de 1960 para descrever a manipulação do sentido de realidade de alguém.

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Fuja de relacionamentos abusivos

Para ser feliz, não basta apenas conhecer e amar si mesma, é preciso impor limites e fugir de relacionamentos abusivos. Comece 2018 praticando o autorrespeito.

Relacionamentos abusivos nem sempre são fáceis de serem reconhecidos em um primeiro momento. Mas a primeira regra é: se algo que o outro faz te deixa desconfortável, fique atenta. O amor é tranquilo, fácil e acontece naturalmente entre duas pessoas que se admiram e se respeitam. Respeito é, na verdade, o mais importante item de um relacionamento saudável. Sem ele, uma relação pode facilmente tornar-se abusiva.

Para começar 2018 longe de relacionamentos que te façam sofrer, separamos algumas dicas bem práticas. Em um relacionamento saudável:

1.       As duas partes estão dispostas a ouvir. Preste atenção se suas necessidades e opiniões são realmente ouvidas pelo outro;

2.       Há respeito pelas diferenças;

3.       Há admiração pelas atitudes do outro;

4.       Há carinho e gentileza recíprocos;

5.       Há crescimento mútuo;

Detecte os sinais de alerta

Palavras rudes sem necessidade, falta de atenção e cuidado, desinteresse pelos seus projetos e sonhos, ausência de diálogo são sinais de alerta. Uma relação que chega a esses pontos e não é resolvida pode facilmente se tornar abusiva. Incontáveis situações de violência, verbal e física, poderiam ser evitadas se houvesse uma barreira formada pelo amor próprio e pelos limites pessoais.

Aprenda a dizer “não” para o que não acrescenta, para o que não faz bem. Siga o ditado que diz que é melhor ficar só do que estar em má companhia. Enfrente seus medos de abandono, de rejeição e seja sua melhor amiga e parceira. Aja em seu favor. Só assim você será capaz de construir e viver relacionamentos saudáveis.

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Solidariedade – um princípio básico do relacionamento saudável

Muitas vezes, esquecemos que amar também é se colocar no lugar do outro. A solidariedade, tão discutida no âmbito social, acaba perdendo destaque nas relações mais íntimas. E se resolvêssemos mudar isso no ano que está começando?

Quantas vezes você se colocou no lugar da outra pessoa em uma conversa, em uma questão importante, em um julgamento, praticando o princípio básico da solidariedade? Apontar dedos é algo tão normal em nossa sociedade, que esquecemos o princípio mais importante: para qualquer relacionamento dar certo, é preciso que sejamos solidárias.

Ser solidária implica uma responsabilidade recíproca. Ambas as partes são atuantes e formadores em conjunto de qualquer relacionamento – seja ele familiar, amigável, profissional ou amoroso. Ver-nos como vítimas das situações torna tudo mais difícil, já que culpamos atitudes e trazemos um peso desnecessário às decisões.

Somos pessoas diferentes, vivemos em um mundo infinitamente rico em diferenças. E essa deve ser encarada como a grande riqueza da vida. Entretanto, muitas vezes lidamos com a realidade como crianças que não têm aquilo que querem e acreditam que são renegadas em seus desejos e vontades. Ser solidária nos relacionamentos é entender que há mais de uma opinião, que há mais de uma pessoa envolvida e que, por isso mesmo, opções, decisões e resultados podem ser os mais adversos.

Confira aqui três perguntas básicas que podem mostrar seu nível de solidariedade nos relacionamentos:

1.       Você acredita que a opinião do outro é tão importante quanto a sua?

2.       Você entente que o outro pode estar vivendo um momento diferente do seu e que, por isso, pode não ter as reações que você espera?

3.       Você entende que você e o outro são co-fundadores do relacionamento e que, por isso, ambos têm suas responsabilidades em tudo que acontece?

O contrário de solidariedade é a indiferença, o desinteresse e a omissão. Não deixe que esses sentimentos tomem conta de seus relacionamentos. Mudar a forma como vemos o mundo sempre muda a forma como o mundo nos vê.

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Padrões de relacionamento – por que é tão importante reconhecê-los?

O primeiro passo para mudar e curar nossos relacionamentos é reconhecer padrões. Só assim, conseguimos construir relações mais saudáveis e condizentes com nossas intenções e desejos.

Reconhecer padrões destrutivos de relacionamento é um desafio. Na maioria das vezes, acontece como resultado de muito trabalho, autoconhecimento, terapia, busca interior. Mas, se estamos mesmo dispostas a enxergá-los, eles podem vir num insight. Conheço pessoas que tiveram um ou dois encontros e, ao final, eureca! Perceberam que a história se repetia, que mais uma vez tinham atraído um relacionamento que nem de longe era o que desejavam, mas que mesmo assim, estavam agindo, aceitando e se comportado da mesma forma que em situações passadas.

E qual o motivo disso? Por que desenvolvemos e repetimos padrões destrutivos? Resumidamente, tais padrões surgem na nossa mais tenra infância, quando por algum motivo (mesmo que irreal) acreditávamos que não recebíamos de nossos pais o amor e a atenção que desejávamos. Na vida adulta, seguimos inconscientemente repetindo esses padrões nos nossos relacionamentos com a ilusão de que possamos “consertar” a situação passada, ou seja, com a falsa esperança de que as coisas possam ser modificadas. Não é preciso dizer que isso só gera frustração, certo?

E qual será a razão para seguirmos comportamentos que não estão alinhados com nossas próprias expectativas? A primeira delas é que vivemos no piloto automático. Vamos indo com a maré, como se diz – aceitando ideias e modos de agir herdados da família e da sociedade. A segunda é que, provavelmente, tais comportamentos se encaixem na nossa zona de conforto. E então, inconscientemente multiplicamos relações e situações ruins.

A terceira é que demoramos a identificar padrões destrutivos. Na maioria das vezes, começamos apontando o dedo para o outro – “foi ele que não retribuiu, ele que não se doou, ele que não entendeu o que eu queria, blá blá blá”. Depois, nos culpamos – “eu não atraio as pessoas certas, eu tenho o “dedo podre”, eu não sei me relacionar”. Mas culpa é o pior caminho.

Livrando-se da culpa

Quando nos culpamos, além de sofrermos, deixamos de compreender. Nos ressentimos com o outro, conosco ou com as situações e, assim, em meio ao sofrimento, deixamos de encarar e aceitar amorosamente as situações como realmente são.  O olhar neutro e distanciado (como se fôssemos apenas observadoras) nos permite o entendimento e só então, a mudança.

Quando aceitamos que existe um padrão destrutivo e nos dispomos a enxergá-lo, abrimos caminho para novas estratégias de vida. Sim, estratégias. Porque imagine como é difícil mudar um padrão perpetuado por décadas, por inúmeros relacionamentos ruins, e até mesmo desde que nascemos, em nossos relacionamentos familiares.

O começo precisa de regras, de foco e de muita auto-observação para detectar se estamos nos enquadrando novamente no padrão. E então, vamos aprendendo, aos poucos, a sair dele. Só o reconhecimento das nossas próprias inabilidades faz com que busquemos o aprendizado. Sem culpa, sem raiva, sem ressentimentos, abrimos o coração para o novo. E ele sempre vem.

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Saiba como conquistar seus objetivos em 2018

Um novo ano está prestes a começar e certamente você fez uma lista de desejos: coisas novas, novos comportamentos, novos objetivos e, por que não, novos relacionamentos. Mas essa lista deve conter uma palavra mágica: equilíbrio. Equilíbrio é o que nos proporciona mudar a relação com tudo que nos cerca.

Se eu pudesse desejar uma só coisa para você em 2018, seria equilíbrio. A verdade é que sair de uma situação em que tudo parece bagunçado, em que não estamos completamente satisfeitas conosco e com os relacionamentos que construímos e partir direto para o paraíso, onde tudo funciona dentro do que desejamos, naquele novo ano com que todas sonhamos é praticamente impossível. Portanto, equilíbrio é a palavra-chave, pois é mais realista e torna tudo mais próximo do realizável.

Querer se lançar ao novo sem antes ter compreendido e aprendido com o velho, faz apenas com que nos frustremos. Sem termos, de fato, aprendido com as experiências vividas, as chances de seguirmos replicando situações e comportamentos é enorme. Você já deve ter ouvido aquela frase que diz que enquanto não tivermos aprendido o que temos que aprender com certa situação, ela se repetirá quantas vezes for necessário, certo? E, definitivamente, não é o que queremos para 2018.

Provavelmente, agora você deva estar se perguntando: “será que eu nunca vou me sentir 100% realizada e feliz?”. A grande resposta é: o equilíbrio faz com que o 100% não seja necessário. Todas temos dias bons e dias ruins. Conviver com esses altos e baixos em harmonia é a chave da sabedoria. Até porque, viver é um eterno equilibrar de pratos. Uma hora é a família que demanda, outra, o relacionamento amoroso, depois os filhos, os amigos, o trabalho, nós mesmas na TPM ou em um momento de baixa autoestima.

Realizar mudanças concretas e verdadeiras requer muito trabalho de autoconhecimento e a compreensão das diversas facetas da nossa vida: nossa família, o círculo social em que estamos inseridas e os relacionamentos que vivemos com amigos e amores. É importante não fantasiarmos com uma realidade distante. É no dia a dia de alegrias e tristezas, de conquistas e fracassos, de erros e acertos, que aprendemos quem somos e o que realmente precisamos para ser felizes. Que possamos fazer valer cada dia de 2018 – aprendendo com as dificuldades e almejando o equilíbrio. Feliz ano novo, Amarildas!

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Aprenda a arte de conviver com a diferença

Ah, se o mundo fosse feito de iguais! Seria tão mais fácil entender os outros, não é mesmo? Mas seria uma chatice sem fim. O que nos faz ricos e complementares é exatamente a diferença. Aprender a conviver com ela sem sofrer é uma arte.

Nem vilã, nem mocinha – a diferença é simplesmente uma das maiores verdades da vida. Somos todos seres díspares, ricos em sentimentos, conhecimentos, vivências e vontades. Não adianta querer que o outro pense e sinta como você. Somos bilhões de pessoas no mundo e não há uma igual à outra. Incrível, não?

Cada um de nós é um universo rico e imensurável. E é a diversidade dessa riqueza que faz a vida ser tão bela e, ao mesmo tempo, tão difícil. Temos que lidar a cada instante com o diferente, com o que que muitas vezes nos irrita, nos instiga, nos emociona – e sabemos o quanto isso é desafiante. Mas o que fazer para conviver melhor com tantas emoções e ações inesperadas ao mesmo tempo?

O grande segredo é: não espere do outro aquilo que você faria. Não crie expectativas. Tenha em mente que você não tem a mínima ideia de como o outro vai reagir. Não é fácil, pois naturalmente, enxergamos e julgamos o mundo pelo que pensamos e sentimos. Mas também pode ser muito mais leve e surpreendente. Exercitar o modo “expectativa zero” pode ser extremamente libertador.

 

Veja a beleza da diferença

Quando entendemos e aceitamos que o universo de cada um é completamente diferente do nosso, abrimo-nos para as infinitas possibilidades da vida. Já parou para pensar que a forma com que o outro pensa, reage e se mostra para o mundo pode ser um grande aprendizado para nós? Essa é a grande beleza da diferença.

Com a mudança de perspectiva da expectativa para o aprendizado, fica mais fácil conviver. Abrir-se para o novo é uma ótima saída. Imagine se pudéssemos simplesmente achar interessante não saber o que outro pensa ou sente?  Se pudéssemos relaxar e desapegar das nossas expectativas, certamente sofreríamos menos e aprenderíamos mais.  

Um novo ano está prestes a começar e, com ele, uma nova oportunidade de fazer de outro jeito. Começar pensando e agindo de forma diferente talvez possa ser a chave para entender e aceitar a diferença no outro. Sempre vale a pena tentar. Vamos juntas?

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Evitar confrontos para manter a paz é iniciar um conflito interno sem fim

Sabe quando a gente silencia e a mente grita tudo aquilo que tentamos abafar? Calar-se para evitar um confronto é privar-se da troca de ideias que amplia os horizontes e é iniciar um conflito interno que impede a gestão das emoções.

Quantas vezes você ficou calada para evitar uma briga e acabou gerando um conflito interno que demorou muito mais para ser resolvido? Na hora, pode parecer o melhor caminho, especialmente para quem foge de confrontos a qualquer preço. Mas acredite, esse pode ser o começo de um problema que só cresce. Expor ideias e sentimentos, mesmo pagando o preço de iniciar um confronto, é a carta de alforria para a alma.

Se evitar uma discussão ou briga fosse a solução para os nossos problemas, estaríamos a salvo, certo? Errado. Tudo aquilo que abafamos e reprimimos, cresce dentro da gente. É claro que nem toda situação pede uma reação, muito menos imediata. Mas calar pode ser um grande erro. Muitas vezes, gostamos de passar a imagem de uma pessoa calma, tranquila, que tudo aceita. Mas o preço que pagamos é enorme: como ficam nossas próprias vontades?

Muitas de nós vivem discussões internas intermináveis que, na melhor das hipóteses, são levadas às sessões de terapia. No entanto, mesmo que se trabalhe para resolver aquilo que nos incomoda por dentro, uma coisa é certa: em algum momento, teremos que expor o que sentimos e pensamos. Só assim conseguiremos ser vistas, imprimir nossa marca no mundo, estabelecer limites e construir relações saudáveis.

O autoconhecimento é o primeiro passo. O que a incomoda? Em que situação você tem deixado de se colocar para evitar um conflito? Entender esses pontos é extremamente útil para traçar estratégias pessoais e aumentar nosso poder pessoal e nosso valor. Deixar de silenciar para não brigar não é o melhor caminho. A chave para a mudança é treinar se expor sem impor. Com o tempo, você chega lá! Faça valer seus desejos e opiniões!

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Natal – época de retomar relacionamentos familiares

Muitas de nós buscam a cura para seus relacionamentos, mas esquecem que antes precisamos recuperar, curar e honrar nossos laços familiares. E esta época de festas pode ser o momento ideal para isso.

Como anda o seu relacionamento com os familiares? Você sabia que muitos dos problemas das relações da vida adulta têm sua origem na infância? Foi quando crianças que desenvolvemos as crenças limitantes que carregamos inconscientemente até hoje. E, provavelmente, a mágoa e o ressentimento que guardamos por anos, nasceram de uma interação mal resolvida com as pessoas que nos eram mais próximas na infância.  

Muitos dos nossos problemas que hoje têm foco nos relacionamentos amorosos começaram com desentendimentos com pais e irmãos. É incrível como as relações que trazemos da infância têm papel fundamental na forma como desenvolvemos o amor-próprio e o amor pelos outros. Portanto, a cura dos laços familiares pode reverberar positivamente na cura dos nossos relacionamentos amorosos.

Com a chegada do natal, instaura-se uma predisposição maior a perdoar, ou ao menos a retomar processos que estavam adormecidos durante o ano. Você também sente essa mudança? A publicidade, os programas de tevê, tudo nos incita a momentos em família. Que possamos aproveitar esses momentos para compreender melhor algumas situações passadas, colocar fim nas desavenças e honrar nossas raízes.

É claro que nem todas as famílias funcionam como nas propagandas de margarina. Pelo contrário, a maioria é cheia de problemas a serem resolvidos. Cada um de nós, como seres humanos, temos nossas próprias limitações que vão de problemas de comunicação (expor sentimentos e expressar carinho, por exemplo), dificuldades de interagir com diferentes personalidades, até a falta de autoaceitação – que fazem com que seja ainda mais complicado aceitar o outro como é. Estamos sempre julgando e criticando, principalmente as pessoas mais próximas e queridas. Já percebeu?

Mas como lidar? A proposta é entrar no clima natalino e nos empenharmos para retomar os relacionamentos familiares. Então, que tal chegar de coração aberto na confraternização? Releve, aceite, perdoe, acolha, faça as pazes, cure-se! Lembre-se de que somos todos ímpares, únicos e que temos defeitos e qualidades. Claro, questões antigas não podem ser curadas do dia para a noite, mas a vontade de realizar um novo momento e de agir de forma diferente é o primeiro passo. E esse passo pode ser o começo da cura e a melhor forma de entrar no ano novo com uma postura mais leve e feliz.

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