Como você se sente em relação àquele seu ex que foi super sacana?
Você continua alimentando sua raiva por ele mesmo após um bom tempo do término? Saiba como isso a prejudica...
A raiva, apesar de ser vista como negativa, é uma emoção básica dos seres humanos. Todas nós temos raiva e sentimos ódio incontáveis vezes ao longo da vida. No entanto, expressar esse tipo de sentimentos e emoções não é, de fato, muito bem visto pela sociedade, principalmente quando se trata de mulheres. De qualquer forma, a única maneira de nos livrarmos de uma emoção que nos incomoda é identificando, aceitando e sobretudo, expressando o que sentimos.
Por exemplo, para que possamos nos livrar da raiva:
1) Em primeiro lugar, temos que nos dar conta de que estamos com raiva de algo ou alguém. Todo sinal de desconforto emocional (como irritação e frustração) esconde uma emoção, cabe a nós dar atenção a ele para poder identificá-la.
2) Em seguida, temos que aceitar essa emoção dentro de nós – e não tentar ignorá-la, dizendo a nós mesmas e a Deus e o mundo que está tudo ótimo, que estamos em paz, com a esperança de que a raiva desapareça de uma hora para outra. Aceitar nossas emoções tem muito a ver com dizer “sim” ao momento presente e vivê-lo, exatamente como é.
3) Depois, é preciso expressar essa raiva. Sim, para que ela possa ir embora, talvez a gente precise socar uma almofada, chutar um colchão, fazer uma aula de boxe, praticar um exercício aeróbico, gritar até ficar rouca ou quem sabe conversar com alguém sobre ela. O importante é se permitir senti-la e expressá-la. Apenas após termos feito as pazes com a nossa situação atual é que podemos seguir adiante.
Quando não identificamos, aceitamos e expressamos nossas emoções, em vez de morrerem, elas crescem dentro de nós. Emoções ou sentimentos ignorados, abafados e reprimidos não deixam de existir, muito pelo contrário... eles passam a nos acompanhar como a nossa própria sombra, e corremos o risco de nos tornarmos pessoas raivosas, tristes, medrosas e etc. E o pior é que tudo aquilo que reprimimos em nós, passamos a projetar no outro e nas situações ao nosso redor. Ou seja, passamos a criar circunstâncias que incluem justamente a emoção que tentamos ignorar, pois nada simplesmente desaparece sem ser visto. No caso da raiva, toda vez que a reprimimos, damos um jeitinho de cruzar nosso caminho pessoas raivosas e agressivas (aparentemente sem motivo algum) e situações que nos irritam e fazem com que nossa raiva enrustida venha à tona.
E se você acha que esses motivos ainda não são suficientes para se libertar da raiva que cultiva pelo seu ex (ou por qualquer outra pessoa), preste bastante atenção no próximo:
Sentimentos são pontes de conexão entre as pessoas. Todo e qualquer sentimento que temos em relação a uma pessoa (seja ele positivo ou negativo) nos une a ela. Robin Norwood (terapeuta americana e autora de best-sellers) diz que os sentimentos de raiva e ódio nos amarram ao outro com correntes de ferro. Portanto, sentir raiva de alguém frequentemente faz com que estejamos conectadas com esse alguém também de maneira frequente. Isso quer dizer que, ao sentirmos raiva de um ex, demonstramos não apenas que ainda estamos conectadas a ele, como também que ele ainda exerce poder sobre nós. Sim, porque quem é capaz de despertar raiva na gente, exerce poder. Segundo a Monja Coen, aquele que nos causa raiva, nos domina e manipula. Quando o outro sabe que sentimos raiva dele, ele tem o poder provocar essa raiva em nós a hora que quiser. No caso de um ex parceiro, as chances de ele saber exatamente o que nos tira do sério são grandes. E quando permitimos que o outro faça isso conosco, colocamo-nos nas mãos dele.
Mas como fazer para nos libertamos dessas amarras?
Por mais difícil que seja, o remédio é o perdão. Ao perdoarmos verdadeiramente aqueles que nos causam raiva, libertamo-nos. Como diz o clichê, guardar ressentimentos é como tomar veneno e esperar que o outro morra. O não-perdão age da mesma forma que uma emoção reprimida... fazendo com que atraiamos o mesmo tipo de relacionamento inadequado e vivamos nossos dramas pessoais por repetidas vezes até que sejam identificados, aceitos e investigados.
A realidade atual do nosso mundo exterior é apenas um reflexo daquilo que somos internamente. Quando sentimos emoções negativas ou algo indesejável nos acontece, tendemos a fazer movimentos para sair o mais rapidamente possível da situação, na ânsia de vivermos algo mais agradável e indolor. No entanto, para que possamos ingressar em um momento de vida melhor, temos que entender nossa situação atual por completo. Do contrário, tais emoções e situações nos acompanharão de forma permanente.