7 hábitos que você precisa abandonar se quiser ter um relacionamento saudável

Em tempos de relacionamentos cada vez mais descartáveis, com a intenção de fazer com que perdurem, muitas vezes desenvolvemos hábitos que, em vez de ajudar, podem acabar comprometendo nossas relações. Sete deles são:

 

1)    Anular-se

Algumas de nós se tornam tão envolvidas com o parceiro que não medem esforços para agradá-lo a qualquer custo. Muitas vezes, a fim de agradar ao outro e atendermos a nossas necessidades de sermos aceitas e amadas, deixamos nossas preferências de lado e, aos poucos, perdemos o senso da nossa própria individualidade. Quando nos anulamos em função do outro, fica praticamente impossível identificar onde nossas necessidades, emoções, vontades, opiniões, e até interesses e valores acabam e onde os do parceiro começam.  Ou seja, quando o parceiro está feliz, sentimo-nos felizes também, quando o parceiro está triste, sentimo-nos igualmente tristes, quando o parceiro não gosta de algo ou alguém, também não gostamos. O autor Walter Riso diz que agindo dessa forma, sofremos uma “despersonalização” até nos transformarmos num anexo da pessoa amada – o que, além de nos prejudicar, também empobrece o relacionamento. Em um relacionamento saudável, ambas as partes devem manter suas personalidades e opiniões próprias.

 

2)    Responsabilizar o parceiro pela sua felicidade

Acreditar que a fonte de felicidade se encontra do lado de fora (no parceiro ou no relacionamento, por exemplo) é a receita certa para a frustração. Para que possamos ser felizes nos relacionamentos é preciso que, antes de tudo, estejamos felizes com nós mesmas. É claro que podemos ser ainda mais felizes quando estamos em um relacionamento saudável, no entanto, ele não pode ser o responsável pela nossa felicidade, e sim um potencializador dela. Já ouviram falar que a felicidade só é verdadeira quando compartilhada? Pois então, para que ela seja compartilhada a dois, é necessário que ela exista antes em cada uma das partes. E quem melhor que nós mesmas para saber exatamente o que nos faz feliz? Duas pessoas felizes são capazes de dividir a felicidade. Uma só, não é capaz de sanar a necessidade de felicidade do outro. E o que dizer de dois infelizes que acreditam que a felicidade lhe será provida pelo outro?

 

3)    Acreditar que o relacionamento seja a solução para os seus problemas

Você acredita que quando está se relacionando está a salvo dos perrengues do dia a dia? Muitas de nós, mulheres, cremos que nossos parceiros são como super-heróis que nos salvarão das dificuldades da vida. No entanto, devemos estar cientes de que, mesmo em um relacionamento, cada um tem suas próprias questões. É verdade que o apoio do parceiro é fundamental, mas ele não tem o poder de resolver tudo para nós, portanto não devemos esperar isso deles. Na maioria das vezes, envolver-se em toda e qualquer dificuldade do outro não é saudável para o relacionamento. A terapeuta americana e escritora de best-sellers, Robin Norwood, diz que: “Até que entendamos no fundo de nossa alma que um homem ou outro jamais serão a resposta para nossas dificuldades, seremos prisioneiras de nossos próprios modelos de dependência emocional.”

 

4)    Privar-se de um tempo para si

Você é daquelas que quando entra em um relacionamento se esquece de tudo e de todos? Muitas vezes, acabamos deixando não só as amigas de lado, mas também alguns hábitos e pequenos rituais pessoais para passarmos mais tempo ao lado do parceiro. No início, pode até ser algo espontâneo e agradável, entretanto, ao longo do relacionamento, privar-se de um tempo para fazer algo a sós ou na companhia das amigas pode acabar comprometendo a relação. Dentre algumas razões, uma delas é que nem sempre ele fará o mesmo. E quando abrimos mão de algo importante para nós em prol do relacionamento, criamos (mesmo que inconscientemente) a ideia de que o outro fica nos devendo algo em troca. No entanto, o outro não faz a menor ideia de que tem uma “dívida” conosco, e então não irá “quitá-la” da forma que esperamos. Aí, além de nos sentirmos frustradas, começamos a exigir mais da parte deles. Para evitarmos esta situação, é importante mantermos todas aquelas atividades só nossas que nos nutrem e nos fazem tão bem. 

 

5)    Engolir sapos e/ou falar sem refletir

Boa comunicação é essencial nos relacionamentos saudáveis. Mas temos que estar sempre atentas... Engolir sapos pode ser arriscado porque, uma hora ou outra, eles acabam escapando – e causando aqueles momentos em que “do nada” jogamos tudo na cara de nossos parceiros, por algo visivelmente sem importância. Quando escolhemos o silêncio, as palavras não ditas e aparentemente esquecidas se manifestam em forma de irritação, ansiedade e tristeza, e acabam nos afastando dos outros. Por outro lado, falar o que dá na telha, em plena reação emocional, também pode gerar discussões calorosas, inúteis e superficiais. Dentre as diversas formas de nos comunicarmos, o ideal é encontrarmos o meio termo, expressando nossas ideias e sentimentos com leveza, amor, paciência e compaixão.

 

6)    Criticar

Quando fazemos uma crítica explícita, colocamos o outro contra a parede, na defensiva. De modo geral, quando criticadas as pessoas tendem a se justificar e explicar o porquê de suas ações. Apesar de terem a intenção de mudar algo no outro, as críticas não são o melhor caminho para isso. Muito pelo contrário, elas podem ser bastante perigosas, pois são capazes de ferir o orgulho do outro e de gerar ressentimentos. Além do mais, as chances de convencermos alguém de que ele está errado através de uma crítica é muito menor do que as de feri-lo, pois elas abalam nosso orgulho e nossa vaidade. Uma boa alternativa para a crítica é a compaixão. Ao nos colocarmos no lugar do nosso parceiro e tentarmos analisar o que o leva a ser como é e por que ele faz o que faz, provavelmente descobriríamos que nós próprias agiríamos da mesma maneira sob as mesmas condições. A comunicação a partir da compaixão fica muito mais leve e propensa à escuta do que a proveniente de uma crítica ou um julgamento.

 

7)    Deixar de impor limites

Calma, não é o que parece! Não devemos nos tornar controladoras neuróticas e impor limites aos nossos parceiros – este definitivamente não é um bom caminho. Mas, é de nossa responsabilidade definirmos nossos próprios limites com relação ao que acreditamos que seja aceitável ou não dentro de um relacionamento – esta é uma forma de autorrespeito e de autocuidado. Não é saudável ultrapassar os limites da nossa individualidade, por exemplo. Nem tolerar todo e qualquer tipo de comportamento do parceiro. É importante termos discernimento, coragem e amor próprio suficientes para sabermos quando abandonar um relacionamento que deixou de ser saudável. Aprender a dizer “não” é aprender a respeitar nossos próprios limites. Podemos (e devemos) entender e respeitar uma atitude alheia com a qual não concordamos, mas isso não quer dizer que temos que tolerá-la. O ideal é estabelecermos nossos próprios limites quanto ao que consideramos adequado ou não em um relacionamento e, principalmente, sermos fiéis a eles. Não podemos nos esquecer que sempre podemos fazer nossas próprias escolhas.