O ditado não é bem esse, mas pode ter certeza: as pessoas com quem você se relaciona, que estão sendo atraídas para sua vida, dizem muito sobre como você se posiciona no mundo. Você está feliz com suas relações?
Diga-me com quem te relacionas e te direi quem és. Sim, é verdade! Nossos relacionamentos são um reflexo de quem somos, de como nos posicionamos no mundo e, inclusive, mostram se estamos (ou não) sendo verdadeiras em nossas escolhas. Se pararmos um pouco de reclamar do outro e de como ele se comporta ou deixa de se comportar, para olharmos para dentro, para como nós nos comportamos dentro de uma relação, talvez possamos entender melhor o que há de errado.
Faz parte de um exercício profundo de autoconhecimento compreender quais são as nossas próprias verdades. Às vezes, temos a ilusão de que conhecemos a verdade do outro e, inclusive, somos ótimas em julgá-la. Mas quantas vezes, mentimos para nós mesmas, deixamos de confrontar nossas crenças sociais, imposições familiares ou aquilo que nossa mente acredita que seja certo e seguro? Quando julgamos e criticamos o outro, julgamos e criticamos a nós mesmas.
Por mais difícil que seja olhar para isso, viver uma relação ruim não tem a ver somente com o que o outro traz. Em um relacionamento a dois, tudo o que acontece é de igual responsabilidade de ambas a as partes. Aceitar o que nos é imposto evita que tenhamos que mostrar quem realmente somos e o que pensamos, ou seja, a nossa verdade. É preciso coragem para confrontar, para reagir e para mostrar nossa verdadeira essência. Mas esse é o único caminho para a construção de relacionamentos autênticos e saudáveis. Toda relação baseada em mentiras, inclusive aquelas que contamos para nós mesmas, é palco de estresse e infelicidade.
Diga-me com quem te relacionas. Você sabe?
Em primeiro lugar, quero convidar você a uma reflexão: você sabe quem é realmente? Você olha para dentro e acolhe suas dúvidas, seus ressentimentos, suas reações extremas, suas limitações, suas crenças e seus sentimentos mais profundos? Acredite, sem esse exercício de autoconhecimento, entender o que suas relações refletem fica bem mais difícil.
Quando vasculhamos nossa alma e confrontamos nosso verdadeiro eu, encontramos o tesouro mais precioso, mesmo que ele cause estranheza, em um primeiro momento. Só então, passamos a compreender melhor o que já nos aconteceu no passado e o porquê de estarmos vivendo determinadas situações no presente. Enxergar a nossa parcela de responsabilidade em cada acontecimento de nossa vida é libertador.
Diga-me com quem te relacionas e te direi quem és não é uma frase sobre julgamentos. Mas, sim, sobre procurar dentro de nós qual é o erro, qual é o problema que precisa (e pode) ser resolvido para que nossas relações sejam mais proveitosas, criativas, positivas e construtivas. Você pode começar já, abraçando um novo caminho de busca interior. Que tal?