O medo da escassez nos faz viver achando que vamos perder algo, que não temos tudo de que precisamos e nem somos merecedoras de ter tudo que queremos. Duvidar desse conceito nos leva para mais perto da verdadeira abundância nos relacionamentos.
Você tem medo da escassez? Calma, não responda assim, sem pensar. Faça uma autoanálise e perceba se você vive insegura, com ciúmes ou com receio de se abrir e mostrar quem realmente é, para não perder o outro. Esses são sintomas reais do medo da escassez. Muitas de nós fomos criadas com essa insegurança, com a ideia de que encontrar o amor é algo difícil e de que reciprocidade é raridade, acreditando que há poucas oportunidades e que, portanto, ter um relacionamento é como um grande prêmio recebido por poucas pessoas que realmente sabem como conquistá-lo e não deveriam perdê-lo.
Assim, o medo da escassez nos relacionamentos nos leva a atitudes como:
1. Dificuldade de dizer “não”;
2. Estar sempre disponível;
3. Agir para agradar o outro.
Quando adotamos essa postura, perdemos uma parte imensa do amor próprio, porque nem tudo o que fazemos vai ao encontro dos nossos valores. Por medo de perder o parceiro, nos diminuímos, abaixamos o tom de voz, passamos por cima das nossas vontades, abafamos nossas opiniões, mudamos de gosto musical, de trabalho, de roupa inclusive. Tudo para nos enquadrarmos ao padrão desejado. Mas, desejado por quem, afinal?
O paradigma da escassez vale para tudo
Estamos falando de relacionamentos amorosos, mas é possível levar o dilema da escassez para todos os âmbitos da nossa vida. Mudamos a postura para não perder o emprego, deixamos de ouvir nossa voz interior para não ter confrontos com nossos familiares e amigos, nos portamos de certo modo porque a sociedade diz que é o certo. O medo de ficar só e de perder o que já conquistamos acaba dirigindo nossas vidas. Mas quem disse que tem que ser assim?
Nosso papel é questionar qualquer tipo de padrão que chega até nós. A primeira pergunta a se fazer é: isso serve para mim e está de acordo com meus princípios de felicidade? É isso que eu quero? Estar com alguém é mais importante do que estar bem consigo mesma? Será que tudo isso que “temos” continua sendo realmente nosso, a partir do momento que temos que mudar para manter?
Repense a maneira como você vê seus relacionamentos. Sempre é hora de recomeçar, de dar um passo na direção do autocuidado, da autovalorização, do amor-próprio, de entender nossas verdadeiras necessidades e de criar uma vida mais condizente com elas. Sem medo de perder, porque o que é nosso sempre fica!