Relacionamento ou competição?

Quando foi que nos ensinaram que as relações são como quedas de braço – em que deve prevalecer a competição? Quando foi que entendemos que um tem que vencer e o outro perder para que o “jogo” esteja em dia?

Muitas vezes entendemos que as relações são sobre competição: se eu faço a vontade do outro, eu perco, e se eu tenho minhas vontades satisfeitas, venço. Dessa forma, os relacionamentos passam a ser sobre quem é mais ou menos satisfeito e bem-sucedido.

Você já se viu em uma situação dessas? Sentindo-se boba por ter aberto mão de algo, ou sentindo-se vitoriosa porque a sua vontade prevaleceu? Essa questão da competição é extremamente importante, porque precisamos entender de uma vez por todas que se relacionar nada tem a ver, ou não deveria ter a ver, com vaidade.

Relacionar-se não é um jogo. Não é bolar esquemas, elaborar estratégias para estar à frente, para se sentir por cima. Se existe essa necessidade, algo está faltando. Mas, acredite, é dentro de você mesma. O jogo das vaidades começa quando nos sentimos inferiores e precisamos provar o tempo todo que somos melhores, que não vamos ser passadas para trás, que estamos no comando, ou pior, no controle.

No entanto, a vida e as pessoas não têm botões ou painéis – nada está sob controle. E se relacionar deveria ser uma troca em que aprendemos e crescemos mutuamente. Ora através da felicidade e dos objetivos alcançados, ora pela dor e pela frustração de nossos desejos. Tudo isso faz parte. O que não faz, é a competição. Pare e reflita: sua relação é de toma lá, dá cá, ou é de parceria? Esse pode ser um bom começo para a cura de toda a dor que você carrega no coração.

 

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