Já consigo até imaginar a cena: Dia dos Namorados chegando, você solteira – e aquela pressão social para comemorar com alguém. Mas vamos lembrar que, por mais fofa que seja, essa é apenas uma data comercial, ok?
Nos dias que antecedem a comemoração de 12 de junho, o clima pode ser bem chato para quem está solteira. A impressão é de que todas as pessoas da face da Terra estão acompanhadas e que você é a única que está fora da festa? Pois essa é uma sensação muito comum. O comércio vibra com as datas comemorativas e o marketing corre a todo vapor para aumentar as vendas. Consequência: para onde quer que a gente olhe, há um lembrete sobre o Dia dos Namorados. Mas será que essa data é mesmo tão importante assim?
Por mais fofa que seja, não podemos nos esquecer de que é apenas uma data comercial. Ou seja, foi criada principalmente para que tenhamos o desejo de consumir. E, visto que, nesta época as solteiras e os solteiros convictos não são constituem um bom nicho de mercado, o comércio e as mídias passam a vender a ideia de que estar em um relacionamento é infinitamente melhor do que estar só. Mas será mesmo que estar sozinha é tão ruim? Já falamos aqui (https://bit.ly/2sCeSc7) sobre a diferença entre estar sozinha e se sentir só e do porquê a escolha de estar sozinha não precisa de explicações ou justificativas (https://bit.ly/2ssRsqD). Se você não está em um relacionamento amoroso, sua própria companhia deve ser a melhor de todas e não motivo de angústia ou até mesmo depressão.
Enxergar as datas comemorativas como realmente são – isto é, apenas lembretes para sermos gratas por tudo o que temos, pelas pessoas que estão em nossas vidas, pelos sentimentos que cultivamos – ajuda a minimizar as expectativas em torno delas. Não há a menor necessidade de estourar o cartão de crédito para fazer uma surpresa no dia dos namorados. O que importa é que o relacionamento seja vivido diariamente com amor e entusiasmo. Na verdade, isso vale para tudo na vida, certo?
Existe também uma outra pressão que envolve esta data: a que assombra casais recém-formados que ainda não sabem se estão ou não namorando. Ou aqueles que já estão, mas se conhecem há pouco para saberem bem sobre os gostos um do outro. Percebe que essa ansiedade pela data pode ser bem prejudicial inclusive para quem já está com alguém? O melhor da vida é construir as próprias regras – sejam nos relacionamentos, na forma de consumir ou na convivência com as pessoas. Dar presente por obrigação não é carinho, é convenção!
Que neste dia dos namorados, possamos nos dar conta de que a melhor companhia tem que ser aquela que está sempre ao nosso lado, seja um companheiro, uma amiga e até nós mesmas. Por que não? Que possamos, então, celebrar o amor (inclusive e principalmente o próprio) e as amizades verdadeiras. Que tal? Feliz 12 de junho!
Com amor,
Camilla Couto