Autoestima x Vaidade - com qual delas você se relaciona?

Onde termina a vaidade que nos enfraquece e começa a autoestima que nos fortalece? Você saberia dizer? Cuidar de si é o primeiro passo para saber se relacionar, e isso não tem nada a ver com a necessidade de aprovação do outro.

Confundir autoestima com vaidade é um erro comum que gera muita confusão nos relacionamentos. Vamos começar do começo, como se diz por aí. O que é vaidade? Nos dicionários, vaidade é encontrada como “qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória”, ou “valorização que se atribui à própria aparência, ou quaisquer outras qualidades físicas ou intelectuais, fundamentada no desejo de que tais qualidades sejam reconhecidas ou admiradas pelos outros”.

Embora algumas fontes atribuam vaidade como sinônimo de amor-próprio, eu discordo. Sob o meu ponto de vista, vaidade está longe de ser algo positivo, pois conota a necessidade de aprovação alheia – e é aí que mora o perigo! E fica tudo ainda mais confuso quando chamamos de “vaidosa” a mulher que gosta de se cuidar e se arrumar.

Por outro lado, autoestima tem um significado bem mais encorajador: “avaliação positiva que fazemos de nós mesmos”, ou “julgamento, apreciação que cada um faz de si mesmo, capacidade de gostar de si”. Percebe a diferença? Na vaidade, nosso ponto de referência é o olhar externo, sobre o qual nunca temos controle. Enquanto na autoestima, temos como observador máximo a nossa própria consciência, sobre a qual devemos ter cada vez mais controle e direção.

E por que será que é tão difícil manter a autoestima equilibrada?

A verdade é que vivemos na era da imagem. Muito do que chega até nossa mente é por meio do olhar. Estamos constantemente expostas a bombardeamentos de modelos de corpo, cabelos e estilo, que, de modo geral, precisam ser seguidos se quisermos garantir aceitação e apreciação. Infelizmente, o meio de a indústria da beleza se fortalecer, é gerando o oposto: insegurança e dúvida sobre a própria imagem e o próprio valor. Alguém com a autoestima equilibrada provavelmente não é uma consumidora tão boa, já que tem suas necessidades de afirmação sanadas por si mesma, e não por produtos e serviços, ou por se encaixar em padrões.

Na realidade que vivemos hoje, meninas ainda muito jovens se sentem inadequadas, têm vontade de mudar o corpo, desistem de seus sonhos e de seus próprios estilos de personalidade para se enquadrarem nos padrões de beleza existentes. E como mudar isso? Alimentando a autoestima. Podemos escolher julgar e criticar a nós mesmas ou sermos nossas melhores amigas e principais fonte de incentivo. Portanto, trabalhar o autoconhecimento é fundamental para o fortalecimento da imagem pessoal.

Conheça mais de si mesma. Mude a maneira de se olhar. Entenda que você pode ser vaidosa, mas que a vaidade sob a perspectiva do olhar e do reconhecimento, da aprovação e da admiração do outro, não pode ser seu principal parâmetro para ser feliz. Busque dentro de si o que tem de melhor e faça sua autoestima brilhar.

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