Abrir nossos olhos para a realidade da vida é um caminho sem volta. Quem desperta, não consegue mais voltar a viver de ilusões.
Uma vez despertas, não conseguimos mais voltar a dormir. Esta frase fala muito sobre autoconhecimento e aprendizado sobre a vida. Quando iniciamos um caminho de entendimento sobre quem somos e a importância que os relacionamentos reais têm em nossas vidas, é quase impossível voltar a alimentar expectativas irreais seja sobre nós mesmas ou sobre o outro. Enxergar e viver tanto a nossa verdade como a da vida e a dos outros é o melhor que podemos fazer. Sempre.
Você já está nesse caminho? Se ainda não deu o primeiro passo, eu te convido: amadurecer pode ser difícil, mas só assim entendemos a verdadeira beleza que há nas nossas imperfeições humanas e nas das pessoas que nos cercam, assim como nos encontros e desencontros da vida. Do contrário, vivemos no mundo das idealizações (de nós mesmas, dos outros, das relações e da vida) – em que as frustrações e decepções são certas.
Mas como iniciar um caminho de despertar para ter relacionamentos reais? O primeiro passo é nos conhecer. Conhecer nossas qualidades e limitações pessoais, entender nossas próprias necessidades – aquilo que realmente move nosso coração – e saber quais são as nossas expectativas sobre os outros e sobre relacionamentos é de extrema importância. Só assim seremos capazes de fugir de grandes erros como: se auto enganar, idealizar pessoas e relações, inventar situações, moldar-se para agradar o outro ou tentar moldar alguém para que se encaixe nas nossas expectativas, interferir nas vontades e desejos do outro.
E sabe o que é mais interessante? Que normalmente nós fazemos tudo isso para fugir da dor e da mágoa, e acabamos sempre sendo magoadas! E isso acontece porque quando estamos com os olhos fechados para a realidade, acabamos sempre escolhendo (e acolhendo) pessoas “erradas”, ou seja, que não estão em sintonia com a nossa verdade. Já quando estamos com os olhos, a mente e o coração abertos para enxergar a vida como ela é, o que ela nos traz e as pessoas como são, vivemos experiências reais, com pessoas reais. Sem fantasias, sem idealizações e sem varrer situações reais para baixo do tapete.
Ainda assim podemos sofrer? Claro. Porque nem sempre teremos nossos desejos e sonhos atendidos, nem sempre seremos correspondidas em nossos sentimentos, e nem sempre os encontros serão favoráveis. Mas serão reais. E se o sofrimento acontecer, será para um aprendizado, para somar. E não porque mais um conto de fadas se desfaz ou mais um super-herói se revelou vilão.