Todo relacionamento nos mostra aquilo que ainda precisamos trabalhar em nós

Já falamos por aqui de como nossos relacionamentos são espelhos do nosso interior e sobre como o que nos incomoda no outro, geralmente, é algo que precisa ser trabalhado em nós mesmas. Você já fez esse exame de consciência para começar um ano mais feliz? O que precisa ser modificado em você para que possa curar seus relacionamentos?

Sempre temos questões a trabalhar dentro de nós para viver de forma mais livre e plena – esta é uma verdade absoluta. Mas, muitas vezes, cometemos o erro de acreditar que só olhar para dentro, para aquilo que nos incomoda em nós mesmas já é o suficiente para garantir mudanças. O ponto é que, quando olhamos apenas para nós mesmas, podemos deixar passar uma preciosa informação: o que nos incomoda no outro é, de certa forma, um espelho da nossa personalidade.

Esse fato tão rico nos permite enxergar algo que, sozinhas, seria mais difícil ou até impossível. Outro fato que temos que levar em consideração é que é muito difícil realizar uma autoavaliação (para encontrar o que realmente precisamos trabalhar) por nós mesmas, desacompanhadas – daí a importância das terapias e da ajuda profissional.

Relacionamentos em que há muito ciúme e possessividade, por exemplo, podem revelar, dentre outros aspectos, a necessidade de controle sobre o outro e sobre a vida. Em alguns casos, nos encontramos no lugar de quem quer controlar tudo, em outros, podemos estar no papel de quem aceita o controle alheio – talvez por não conseguirmos nos impor para construir a relação que realmente desejamos. De qualquer forma, em relacionamentos que estão doentes não há vilão e vítima. Um abusa, o outro permite, um controla, o outro aceita. Impor-se requer muito autoconhecimento e coragem.

Provavelmente você conheça pessoas que já passaram por muitos empregos, sempre reclamando de chefes tóxicos. Amigas que colecionam ex-namorados violentos ou negligentes. Outras, que vivem para satisfazer as expectativas da família, deixando seus verdadeiros desejos e talentos de lado. De quem é a culpa? Será que há culpado?

Buscando a cura das relações

Todo relacionamento, seja ele pessoal, amoroso ou profissional, mostra, na verdade, aquilo que precisamos trabalhar em nós. Para que possamos curar nossas relações, precisamos: 1) enxergar nossa parcela de responsabilidade perante a todos aspectos e a tudo que ocorre no relacionamento; e 2) compreender que tudo aquilo que nos incomoda nos outros, de certa forma, vive dentro da gente também.

Por exemplo: se você vive se queixando da negligência do seu parceiro, pergunte-se: Por que eu atraí uma pessoa negligente para me relacionar? Que parte minha permite que a negligência se instale e perdure no relacionamento? E, por fim, em que situações da vida eu mesma ajo de forma negligente?

Assim como em tudo na vida, temos que esquecer a atitude vitimizada e tomar as rédeas da mudança. Somos senhoras do nosso destino, mas traçar a própria linha de conduta é tarefa que precisa de coragem, amor e determinação. Vamos juntas?

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