Ao longo da vida, colecionamos diversos relacionamentos. Dentre eles, certamente há alguns amores não correspondidos – frutos de relações desequilibradas ou mesmo daquelas que terminaram sem nem terem começado. Amores não correspondidos causam dor, mas trazem muitos aprendizados.
Muitas de nós temem viver um amor não correspondido. Mas a verdade é que isso pode acontecer com qualquer uma de nós. Quem aí nunca se viu num relacionamento onde se doava demais e ficava na falta? Quem nunca teve um amor platônico? Ou então, quem nunca passou pela situação de não corresponder ao amor de alguém? Relacionar-se é desafiante e é sempre uma incerteza, portanto não há como termos garantias de nada. No entanto, nossos medos podem ser nossos maiores aprendizados, basta estarmos abertas para isso. O que não pode acontecer é deixar que o medo de não ser correspondida faça com que se economize amor.
Economizar amor é viver pela metade, é se relacionar de forma superficial. É uma estratégia de autodefesa que pode funcionar na aparência, mas que certamente não tem serventia quando se fala de sentimentos. Pois ninguém consegue evitar que o coração bata mais forte por alguém. Fugir do amor é impossível. Mas podemos, sim, nos fechar e deixar de viver experiências incríveis por temer que o outro não queira, ou que não se envolva tanto, ou que não esteja pronto.
Se permitirmos, amores não correspondidos podem ser ótimos professores. Quando não somos correspondidas no amor, descobrimos e testamos nossos limites: o quanto estamos dispostas a ceder para que uma relação aconteça, o quanto de nós se desfaz para agradar o outro, até que ponto devemos persistir. Questionamentos internos sobre quem realmente somos e o que é o amor verdadeiro costumam surgir, pois buscamos respostas concretas que justifiquem a não correspondência.
Qual a maior questão do amor não correspondido?
“Poxa, me doei tanto, tenho tanto amor, estou tão disposta, como é que ele pode não me querer?” – simplesmente não querendo. Tendemos a romantizar muito a questão do amor, e acabamos esquecendo que somos indivíduos, cada um com seu background, suas vivências, seus valores. A não correspondência nem sempre é uma rejeição. Nem sempre é uma negligência ao seu amor. Às vezes, é só uma diferença de timing ou de sentimento. Não coloca em xeque as suas qualidades e a sua capacidade de amar.
Sofrer por amor pode ser o maior martírio da vida, ou pode ser encarado como mais um percalço da existência. Se a sua felicidade depende desse amor ser correspondido, é preciso que haja um estudo profundo dos seus sentimentos e das suas carências. O autoconhecimento certamente pode te ajudar a lidar com a dor e a infelicidade dos amores não correspondidos com muito mais leveza. Quando você se conhece, tem consciência do próprio valor e da capacidade de buscar a própria felicidade, sem depender de terceiros.
De qualquer forma, há muito amor por aí, não se prenda a relacionamentos não correspondidos ou que não te façam bem. Uma relação saudável a dois é feita de equilíbrio. E a vida é curta demais para não sermos correspondidas no amor. Aprenda as devidas lições e siga em frente!