Os principais vilões dos relacionamentos – Parte II

Continue conhecendo os principais vilões emocionais que devem ser evitados se você quer desenvolver relacionamentos saudáveis e felizes.

No texto anterior (http://bit.ly/2DiSpoS), mostramos cinco dos vilões responsáveis por arrasar muitos relacionamentos por aí. Aqui estão mais cinco. Será que você convive com algum deles? Confira:

Falta de autorresponsabilidade

Tudo que acontece em um relacionamento a dois, conta com 50% da responsabilidade de um e 50% da responsabilidade do outro. Por mais difícil que seja, é essencial compreendermos que não existem vítimas e que estamos exatamente onde nos colocamos. Mas quando nos eximimos da nossa parcela de responsabilidade, passamos a nos vitimizar e a culpar o outro por tudo: pelas nossas insatisfações, pelas nossas infelicidades, pelo nosso sofrimento e, principalmente, pelo insucesso da relação. E não há nada mais tóxico para um relacionamento do que culpar e acusar, esquecendo-se completamente que relacionar-se é parceria.

Idealização

Você já ouviu falar que é melhor criar cactos do que expectativas? Pois isso serve em todos os âmbitos da nossa vida. Claro que ter sonhos é o que nos move, mas idealizar relacionamentos e pessoas é a receita certa para a frustração e a decepção. Esperar nada mais nada menos do que um parceiro e um relacionamento perfeitos faz com que estejamos sempre insatisfeitas. Além disso, vale lembrar que não temos controle algum sobre o outro, seus comportamentos e suas reações e que relacionamentos são feitos de altos e baixos. Estar com alguém significa desfrutar da companhia do outro, e aceitá-lo de todas as formas. E se há algo que realmente a perturba, o melhor é conversar e resolver, sem ficar fantasiando sobre como as coisas deveriam ser.

Dependência

Somos todos seres individuais e autônomos. Quando, ao nos relacionarmos, fazemos a escolha de colocar toda a nossa satisfação e alegria nas mãos da outra pessoa, criamos dependência. Passamos a achar que não podemos viver e ser felizes sem o outro. A dependência destrói o sentimento de amor e provoca um caos no dia a dia, pois faz com que ajamos de forma controladora, carente e sentimental em excesso. O maior antídoto contra a dependência é o amor-próprio. Não se esqueça, em hipótese alguma, que sua felicidade depende apenas de você! Caso contrário, seu relacionamento estará em risco!

Apego ao passado

Quem continua remoendo traumas de relacionamentos anteriores mesmo após a fila ter andado, já começa uma jornada fadada a falhar. Cada ser humano é único e, portanto, cada relação também é diferente. Trazer situações e medos do passado para o presente ou projetá-los no futuro, além de ser injusto com quem nada tem a ver com o assunto, faz com que o medo aflore. E como diz o ditado popular: viver com medo é viver pela metade. O medo nos paralisa e impede de aproveitar o melhor da vida. O ideal é nos propormos a aceitar o fluxo da vida e acolher as situações e pessoas de forma neutra para que possamos experimentar novas histórias e aprender novas lições.

Egoísmo

Às vezes, o egoísmo vem disfarçado ou aparece bem sutilmente. Mas quando o nosso lado “criança mimada” está ativo, e batemos o pé para conseguir o que queremos, ou pior, impomos o que nos convém sem medir as consequências e sem levar em consideração o que é bom para o outro, somos extremamente egoístas. Oscar Wilde dizia que o egoísmo não é vivermos de acordo com nossos desejos, mas sim quando exigimos que os outros vivam da forma como nós gostaríamos. Se você se identifica, busque praticar mais o altruísmo, a empatia e a solidariedade. Esses sim são ingredientes que fortalecem e aprofundam um relacionamento.

Cada um desses vilões pode andar sozinho, mas muitas vezes acabam atuando em conjunto, minando nossa tranquilidade e nos impedindo de viver a felicidade em nossos relacionamentos. Eles são como fantasmas que aparecem a qualquer momento, sempre prontos a comprovar que não somos capazes de nos relacionar. E essa é a maior mentira em que acreditamos! Todas nós somos plenamente capazes de estar por inteiro em uma relação, de abrir nossos corações para o novo e de compreender que às vezes há algo que precisamos urgentemente mudar e melhorar em nós mesmas.

Um ano novo começou há pouco. Que tal nos comprometermos em nos auto-observar para poder evitar cada um desses sentimentos e comportamentos? Que em 2018 possamos nos curar e cultivar relacionamentos cada vez mais saudáveis e duradouros. Vamos juntas?

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