Os relacionamentos, muitas vezes, colocam à prova o poder da empatia. Quando nos colocamos no papel de quem muito quer e pouco dá, um relacionamento raramente dá certo. É claro que também podemos estar do lado que pouco recebe. O importante é entender o quanto sermos empáticas é importante para o equilíbrio e a dinâmica da relação.
A empatia está dentre os ingredientes mais importantes de um relacionamento saudável. Ela nos possibilita colocar no lugar do outro para tentar compreender e respeitar seus anseios, suas mágoas, as histórias já vividas e as expectativas criadas em torno da relação. Sem empatia, ficamos presas a nossos próprios desejos e necessidades, e deixamos de enxergar o outro. A relação fica unilateral, sem equilíbrio.
Assim como, muitas vezes, vivemos relacionamentos em que somos negligenciadas – em que temos nossas vontades e desejos submersos na atitude egocêntrica do outro – podemos também, sem perceber, cultivar, nós mesmas, esse movimento unilateral – esquecendo-nos da importância da empatia e deixando de enxergar o outro. Um relacionamento sólido e maduro é feito de duas pessoas inteiras e conscientes que se ocupam de observar e acolher quem amam.
Além disso, a empatia pelo outro também nos torna empáticas com nossas próprias dores. Quantas vezes negligenciamos o que sentimos, o que desejamos, e renegamos o papel de senhoras de nosso próprio destino por medo, insegurança, comodismo ou mesmo por estarmos desatentas? Validar e acolher nossos sentimentos, desejos, emoções e necessidades é uma forma de autoempatia. Bora praticar?